Jonathan Majiyagbe, ex-presidente do Rotary International que trabalhou pelo crescimento do Rotary — especialmente na África — e pela erradicação da pólio, faleceu aos 88 anos.
Majiyagbe faleceu em 27 de maio em um hospital em Abuja, na Nigéria. Ele presidiu o Rotary International em 2003-04, sendo o primeiro, e até agora o único, africano a exercer este cargo. A África foi declarada livre da pólio selvagem em agosto de 2020, em parte devido à sua incansável defesa da causa e esforços.
Sob o lema presidencial "Dê a Mão ao Próximo", Majiyagbe pediu que a luta contra a pobreza fosse a principal prioridade para seu mandato. "Como rotarianos, devemos abrir nossos olhos para ver aqueles que não têm condições de pagar por moradia, assistência médica, alimentação e outros itens essenciais", escreveu ele na edição de julho de 2003 da revista The Rotarian. "Precisamos abordar esses problemas com compaixão e pragmatismo."
Para representar essa ideia no logotipo do lema presidencial, Majiyagbe “claramente queria que as duas mãos da imagem estivessem no mesmo nível para que a pessoa recebendo estivesse em posição de igualdade à pessoa fornecendo a ajuda”, disse o presidente do RI de 2019-20, Mark Daniel Maloney.
Advogado por profissão, Majiyagbe ingressou no Rotary em 1967. Antes de se associar ao Rotary Club de Abuja Metro, ele foi associado do Rotary Club de Kano. Além de servir como presidente do RI, ele atuou como diretor do RI, curador da Fundação Rotária, chair do Conselho de Curadores, e membro de várias comissões, incluindo A Comissão Internacional Pólio Plus, a Comissão Pólio Plus da Nigéria e a Comissão de Ajuda à África.
"Ele era um exemplo de integridade e tinha um intelecto extraordinário", disse o amigo de longa data Tunji Funsho, ex-presidente da Comissão Pólio Plus da Nigéria. "Vou sentir falta do seu calor humano e de sua profunda sabedoria."
Funsho chamou Majiyagbe de mentor e modelo a ser seguido, elogiando sua paciência, humildade, bondade e capacidade de perdoar.
"Como um homem de fé, ele manteve os serviços humanitários e a caridade perto do coração", disse Maloney, que serviu como assessor presidencial de Majiyagbe por quase três anos. "Pude observar de perto as habilidades e talentos notáveis de Jonathan. Ele comemorou a erradicação da pólio no continente africano, um objetivo para o qual trabalhou fielmente muito além do seu tempo na presidência.
Maloney também lembra da grande força que Majiyagbe exibiu depois que sua primeira esposa, Ade, morreu repentinamente em junho de 2003, quando ele estava prestes a assumir a presidência. Maloney e sua esposa, Gay, ficaram com Majiyagbe durante esse tempo. "Ele perseverou e deu vida ao termo 'família do Rotary'. Ele queria que os rotarianos oferecessem amizade e apoio às famílias de associados que sofreram uma perda ou doença."
Majiyagbe se formou em direito pela Universidade de Londres e foi membro da Ordem dos Advogados da Inglaterra e do País de Gales. Ele era sócio principal da J.B. Majiyagbe and Co., firma de advocacia com ampla atuação em direito comercial em Kano e Abuja. Majiyagbe também foi um Senior Aadvocate of Nigeria, título conferido àqueles que se destacaram na prática da lei.
Ele era membro do Body of Benchers, o painel responsável pela triagem e admissão de advogados à Ordem de Advogados da Nigéria. Ele serviu no comitê de serviços jurídicos interinos do Estado de Kano, foi vice-presidente da Ordem dos Advogados da Nigéria e membro da International Bar Association.
Majiyagbe foi chanceler da Diocese Anglicana de Kano, presidente da Sociedade da Cruz Vermelha Nigeriana de Kano, e membro da Câmara de Comércio, Indústria, Minas e Agricultura de Kano. Em 2008, foi condecorado com a Ordem da República Federal da Nigéria.
Ele também foi doador extraordinário e benfeitor da Fundação Rotária junto com sua esposa, Ayo. Majiyagbe recebeu a Menção da Fundação Rotária por Serviços Meritórios e o Prêmio por Realizações Significativas.
Majiyagbe deixa a esposa Ayo, seu filho, Folorunso, e três netos. Contribuições em sua memória podem ser feitas à Fundação Rotária.
Por Arnold Grahl